Na manhã desta segunda-feira, dia 11 de abril de 2022, trabalhadores da educação, estudantes e familiares, ofertaram um café da manhã no Terminal São Benedito. O local, sempre movimentado, é um dos principais pontos de integração entre a Região Metropolitana e Belo Horizonte. 

Propiciando um momento de encontro com a comunidade e com o objetivo de esclarecer os reais motivos da greve dos trabalhadores da educação da Rede Estadual, a manhã foi marcada por manifestações de apoio de diferentes segmentos de trabalhadores que passavam pelo local. Uma senhora que é avó de estudantes da Rede Estadual, identificou-se como Eunice e pediu a palavra a fim de expor toda sua indignação contra o Governador Romeu Zema, alertando aqueles que passavam pelo terminal que seus netos se encontravam sem aulas face o descaso com a educação do atual governo.  

 Os trabalhadores da educação deflagaram greve desde o dia 09 de março, as principais reivindicações são o pagamento do piso – valor mínimo garantido por lei aos trabalhadores da educação que o Governador se recusa a pagar – e contra a implementação do Regime de Recuperação Fiscal. Cabe destacar que muitos trabalhadores da educação atualmente recebem seus proventos com valor inferior a um salário mínimo, como é o caso dos auxiliares de serviços de educação básica e que, se aprovado, o Regime de Recuperação Fiscal pode congelar os recursos para a educação por quase uma década, bem como para os demais serviços públicos. 

O que intriga toda a população mineira é que apesar de alegar falta de recursos, o governo Romeu Zema abre mão de bilhões de impostos em acordos fiscais para privilegiar banqueiros e grandes empresários, promove repasses milionários em verbas ocultas para deputados aliados na Assembleia Legislativa (vultosos valores que se aproximam de R$ 300 milhões), e tenta enganar a comunidade escolar, de forma conjunta com a secretária de educação Júlia Sant’anna, afirmando que paga o piso dos trabalhadores da educação. 

O atual Governo de Minas Gerias alinhado com o neofascismo liberal de Bolsonaro/Mourão/Guedes, ignora as demandas dos trabalhadores da educação que estão sem reajuste há anos e tenta convencer a população que se trata de uma categoria privilegiada, quando na verdade os atuais índices inflacionários não permitem que estes trabalhadores tenham o mínimo para sobreviver com dignidade. Portanto, neste momento, não se trata apenas de uma greve de trabalhadores da educação, mas sim de um movimento de todos que estão comprometidos com os serviços públicos que são essenciais na vida de milhares de trabalhadores e, desse modo, existem para garantir direitos e não para enriquecer um pequeno segmento de empresários. 

É de fundamental importância a atual luta dos trabalhadores da educação. Pois, neste momento, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprecia o veto do Governador acerca do reajuste. Entretanto, faz-se necessário evidenciar que não é pedindo clemência através de mensagens eletrônicas aos nossos algozes que iremos progredir, mas sim através da luta organizada, da pressão popular, é preciso mostrar a força dos trabalhadores organizados se quisermos avançar qualificadamente nas lutas que se avizinham. 

Nesta terça-feira, dia 12 de abril, no pátio da Assembleia Legislativa em Minas Gerais, haverá uma nova assembleia dos trabalhadores da educação. A Unidade Classista, corrente sindical do Partido Comunista Brasileiro (PCB), estará na unidade com os trabalhadores, colocando-se a serviço de um programa proletário, organizando suas demandas, agitando suas bandeiras na perspectiva da construção do Poder Popular e Rumo ao Socialismo!  

UNIDADE CLASSISTA!

FUTURO SOCIALISTA!