Daniel Cristiano*

Fernando Collor de Melo (PRN) de 1990 a 1992 e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) de 1995 a 2002, privatizaram empresas estratégicas, lucrativas do Brasil por valores irrisórios e questionáveis do ponto de vista de valor de mercado e dos investimentos de recursos públicos em varias empresas estatais. O caso mais assustador foi o da Vale do Rio Doce, que foi privatizada por R$3,3 Bilhões e este valor nem chegou a ser pago, foram entregues empréstimos do BNDES e entregue papeis podres. Para citar um fato o Jornal Estadão apresentou em 2018 que foi pago ao empresário Daniel Dantas uma indenização de R$2,8 Bilhões… E a Vale foi privatizada por R$3,3 Bilhões.

Títulos da divida externa brasileira, emitidos em Luxemburgo (Paraíso Fiscal) em 1994 resultantes da conversão de uma divida externa suspeita de prescrição e nunca foi investigado, por isso eram chamados de títulos podres. Os títulos não poderiam ser pagos, não preenchiam as regras de negociações de títulos, não poderiam ser negociados em nenhuma bolsa de valores regular do mundo. Isso ocorreu em 1996, o Brasil acolheu estes títulos podres como moeda de pagamento das nossas empresas privatizadas. Outra parte destes títulos foi acolhida como divida interna, quando pagávamos no inicio do plano real quase 50% de juros aos títulos públicos.

Começou no tempo de Fernando Henrique, os leiloes dos poços de petróleo, que foram continuados por Luis Inácio, Dilma e Michel Temer. No período de Collor foram Usiminas, Cosipa, Petroquímicas etc. No período FHC foi o maior plano de privatizações do planeta e não há registro de plano de privatização como esse, que lesa a pátria, os quais causaram danos para o a população brasileira.

No programa de privatização de Temer a Lei 13.3334 que inclui concessão de direitos reais… O que e isso? Um absurdo que estamos assistindo a privatização da gigante Eletrobras, das distribuidoras, dos ativos da Petrobras, das rodovias, empresas publicas, prossegue os leiloes de petróleo e a justificativa e a cri$e… Que crise é essa, que justifica um plano de privatização que gera R$44 Bilhões e o prejuízo de um ano com o SWAP Cambial que gerou R$120 Bilhões de prejuízo para o Brasil para garantir variação cambial para bancos especuladores 2014/2015? E esse prejuízo foi incorporado como dívida pública brasileira. Para que privatizar todo patrimônio público e continuar a entregar dinheiro do sacrifício dos brasileiros para garantir o SWAP Cambial para bancos exploradores e especuladores?

O presidente atual e o governador atual de Minas Gerais apresentam como saída para seus respectivos governos, planos das privatizações do patrimônio brasileiro como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal e de Minas Gerais como o caso da CEMIG. São empresas estatais que dão lucros e podem servir à população, mas os chefes dos executivos querem privatizar para entregar tudo para o capital especulativo e explorar ainda mais a população brasileira.

Não podemos legitimar e aceitar a rifa do patrimônio público, que tende a piorar a situação do nosso pais e principalmente das pessoas que dependem dos equipamentos públicos para materializar os direitos garantidos na Constituição Cidadã de 1988. Temos que nos organizar e mobilizar para manter uma forte vigília sobre a atuação dos deputados/deputadas eleitos/eleitas para a legislatura de 2019 a 2022, pois a arrecadação com a venda acontece apenas em um ano e a seguridade social precisa existir por séculos. Se os eleitos aprovarem estes planos de privatizações de empresas publicas que geram lucro e podem atender aos anseios da população, serão estes os traidores do conjunto do Brasileiros e Brasileiras!!!

Fonte: Maria Lucia Fattorelli, Auditora Fiscal, Auditoria Cidadã da Divida, Jornal Estadão 26/09/2018… Adaptado por Daniel Cristiano, pós graduado em Gestão Pública Municipal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Ipatinga 16 de Janeiro de 2019.

  • Daniel Cristiano é administrador de empresas e membro da Unidade Classista e do PCB.