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Nos intervalos entre sua jornada de trabalho na f\u00e1brica de pl\u00e1stico, Gabriela Marreco (21.180) panfleta e dialoga com a popula\u00e7\u00e3o no centro de Belo Horizonte. Aos finais de semana e depois do trabalho, \u00e9 nos bairros que a candidata fala sobre sua candidatura e o programa do PCB, denunciando os ataques que a classe trabalhadora est\u00e1 sofrendo. Junto com Marianna Versiani (21.902), Gabriela forma a bancada feminista do Bloco do Poder Popular, apresentando o programa do PCB e do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro (CFCAM).<\/p>\n

Segundo Gabriela, a melhor recep\u00e7\u00e3o que sua candidatura recebe \u00e9 nos bairros. Criada no Gl\u00f3ria, Morro da Vaca, e atualmente moradora do Pindorama, a candidata considera que essa boa recep\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 fruto do trabalho que o CFCAM tem desenvolvido na regi\u00e3o, como na manifesta\u00e7\u00e3o do 8 de mar\u00e7o do ano passado. Nas panfletagens, ela tem sido reconhecida pelo trabalho que realiza no bairro durante todo ano, como junto ao CRAS.<\/p>\n

\u201cMuitas vezes ouvimos um discurso de que a periferia \u00e9 inconsciente, violenta… Durante essa campanha, temos observado exatamente o contr\u00e1rio\u201d, afirmou. Segundo Gabriela, tem sido nos bairros mais perif\u00e9ricos que a popula\u00e7\u00e3o se mostra mais interessada no programa da candidatura, em entender o que \u00e9 o poder popular e como lutamos por isso.<\/p>\n

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Gabriela \u00e9 jovem trabalhadora desde os 17 anos, quando entrou na Uni\u00e3o da Juventude Comunista enquanto trabalhava numa f\u00e1brica. Alguns anos depois, ela iria para o Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, onde constr\u00f3i mais ativamente sua milit\u00e2ncia desde ent\u00e3o. Sua contribui\u00e7\u00e3o para o movimento feminista sempre esteve marcada pela sua vida como mulher trabalhadora, e em suas falas ela faz quest\u00e3o de afirmar que o machismo \u00e9 um inimigo de toda classe trabalhadora.<\/p>\n

A rela\u00e7\u00e3o \u00edntima entre o capitalismo e a opress\u00e3o contra as mulheres \u00e9 evidente no caso da Mari Ferrer, que foi estuprada em seu local de trabalho e depois humilhada no julgamento de seu agressor tanto pelo advogado do r\u00e9u quanto pelo juiz. Para Gabriela, \u00e9 na rela\u00e7\u00e3o de explora\u00e7\u00e3o da classe trabalhadora pelo capital que se alimenta tamb\u00e9m a objetifica\u00e7\u00e3o das mulheres, que se v\u00eaem amea\u00e7adas no seu pr\u00f3prio local de trabalho a sofrer toda esp\u00e9cie de abusos. Por isso, a candidata afirma que esse caso representa um ataque \u00e0 toda classe trabalhadora, pois \u00e9 uma prova de que a burguesia pode agredir de todas as formas uma trabalhadora no mesmo lugar em que essa trabalhadora produz o lucro de seu patr\u00e3o, recebendo em troca sal\u00e1rios baixos, aus\u00eancia de direitos e traumas da viol\u00eancia.<\/p>\n

A indigna\u00e7\u00e3o com o caso de Mari Ferrer levou os movimentos feministas \u00e0s ruas na tarde de s\u00e1bado (07\/11). O Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro esteve presente e marcou sua posi\u00e7\u00e3o na fala de Marianna Versiani, que destacou a import\u00e2ncia da luta das mulheres para um projeto revolucion\u00e1rio.<\/p>\n

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Gabriela tamb\u00e9m destacou como o punitivismo \u00e9 seletivo. Enquanto a lei brasileira protege os ricos e favorece os agressores de mulheres quando se tratam de homens brancos e burgueses, ela encarcera em massa jovens negros que muitas vezes nunca foram julgados. Se fosse um homem negro e pobre \u2013 Gabriela conclui \u2013 no lugar de Andr\u00e9 Aranha, agressor de Mari Ferrer, \u00e9 prov\u00e1vel que ele estivesse morto ou preso. Esse punitivismo de classe \u00e9 um marco do Estado brasileiro, afirma a candidata a vereadora.<\/p>\n

Apesar das grandes dificuldades de participar das elei\u00e7\u00f5es sendo uma mulher trabalhadora e m\u00e3e, Gabriela considera que a recep\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o \u00e9 boa. Ela afirma que aceitou ser candidata para fortalecer o Bloco do Poder Popular e divulgar o programa comunista. Concorrendo pela terceira vez \u00e0 elei\u00e7\u00f5es proporcionais, sua principal bandeira \u00e9 direito das mulheres trabalhadores e a autonomia da classe trabalhadora em suas lutas, construindo o poder popular em cada bairro.<\/p>\n

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LEONARDO GODIM<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":75293,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[79,180],"tags":[93,345,381,382],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.poderpopularmg.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/75292"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.poderpopularmg.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.poderpopularmg.org\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.poderpopularmg.org\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.poderpopularmg.org\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=75292"}],"version-history":[{"count":2,"href":"https:\/\/www.poderpopularmg.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/75292\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":75309,"href":"https:\/\/www.poderpopularmg.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/75292\/revisions\/75309"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.poderpopularmg.org\/wp-json\/wp\/v2\/media\/75293"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.poderpopularmg.org\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=75292"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.poderpopularmg.org\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=75292"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.poderpopularmg.org\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=75292"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}